Mozambique

• Crisis (IPC Phase 3) outcomes are expected through May 2026 in conflict-affected areas of the north, with Stressed! (IPC Phase 2!) outcomes likely in Nangade and Muidumbe districts until February 2026, and in Macomia and Quissanga districts through April 2026, supported by ongoing humanitarian food assistance. However, non-state armed group (NSAG) attacks have intensified between July and September, causing renewed displacements of thousands of people, which further disrupts livelihoods, limits typical subsistence farming and income-earning activities. This persistent insecurity will likely contribute to localized below-average harvest starting in April 2026, limiting seasonal improvements in food security.
• From October 2025 until at least March 2026, Crisis (IPC Phase 3) outcomes are expected in the southern and central semi-arid areas, following the 2025 below-average harvest. Households are expected to reduce meal frequency, prioritize feeding children, eating with relatives, consume more wild foods, and to some extent, withdrawing children from school, as households continue to face food consumption gaps. In April and May 2026, seasonal improvements to Stressed (IPC Phase 2) or Minimal (IPC Phase 1) outcomes are likely related to the harvest, leading to increased food consumption and income from crop sales.
• Conflict-affected areas of Cabo Delgado province and parts of Nampula province remain areas of highest concern. Ongoing attacks by NSAGs continue to displace populations, disrupt typical livelihood activities, destroy infrastructure, and hinder humanitarian access.  
• FEWS NET estimates that 3.5-3.99 million people will require humanitarian food assistance during the peak of the lean season (January-March 2026). Increasing needs will primarily be due to the resurgence of conflict in Cabo Delgado, its expansion into neighboring Nampula Province, and the effects of two consecutive years of poor harvests in semi-arid areas caused by El Niño-induced droughts and subsequent minimal recovery. The total population in need includes those likely to be affected by potential climatic shocks during the 2025/26 rainy season, such as cyclones or floods.

The analysis in this report is based on information available as of October 30, 2025.

• A insegurança alimentar aguda de Crise (IPC Fase 3) poderá persistir até Maio de 2026 nas zonas afectadas pelo conflito no norte do país, com a de “Estresse!” (IPC Fase 2!) provável nos distritos de Nangade e Muidumbe até Fevereiro de 2026, e nos distritos de Macomia e Quissanga até Abril de 2026, sustentada pela assistência alimentar humanitária em curso. No entanto, os ataques de grupos armados não estatais (GANEs) intensificaram-se entre Julho e Setembro, provocando mais deslocamentos de milhares de pessoas, rupturas de formas de vida e limitando a agricultura de subsistência típica bem como as actividades de geração de renda. Esta insegurança persistente poderá contribuir para colheitas abaixo da média localizadas a partir de Abril de 2026, limitando as melhorias sazonais na segurança alimentar.
• De Outubro de 2025 até pelo menos Março de 2026, a situação de Crise (IPC Fase 3) poderá persistir nas zonas semiáridas do sul e centro, na sequência da produção abaixo da média de 2025. As famílias poderão reduzir a frequência das refeições, priorizar a alimentação das crianças, comer com familiares, consumir mais alimentos silvestres e, em certa medida, retirar crianças da escola, uma vez que as famílias continuam a enfrentar défices no consumo de alimentos. Em Abril e Maio de 2026, as melhorias sazonais para “Estresse” (IPC Fase 2) ou Mínima (IPC Fase 1) poderão acontecer devido ao impacto positivo das colheitas, o que pode resultar num aumento no consumo de alimentos e geração de renda com a venda de culturas.
• As zonas afectadas pelo conflito na província de Cabo Delgado e em partes da província de Nampula continuam sendo as de maior preocupação. Os ataques contínuos pelos GANEs continuam a deslocar populações, romper as actividades típicas de subsistência, destruir infraestruturas e a dificultar o acesso humanitário.
• A FEWS NET estima que entre 3,5 e 3,99 milhões de pessoas necessitarão de assistência alimentar humanitária durante o pico da época de escassez (Janeiro a Março de 2026). O aumento das necessidades deve-se principalmente ao recrudescimento do conflito em Cabo Delgado, sua expansão para a vizinha província de Nampula e aos efeitos de dois anos consecutivos de baixa produção agrícola nas zonas semiáridas, resultante da seca induzida pelo El Niño e subsequente recuperação mínima. A população total necessitada inclui aquela que poderá ser afectada por possíveis choques climáticos durante a estação chuvosa de 2025/26, tais como ciclones e cheias.

A análise neste relatório baseia-se na informação disponível até 30 de Outubro de 2025.